A hanseníase atinge a pele e nervos periféricos.
Importância da orientação
Para a fisioterapeuta Geisa Campos, de João Pessoa (PB), ações educativas e de conscientização promovem possibilidades maiores de discussão sobre a doença em rodas de conversa para que as pessoas falem sobre hanseníase, identifiquem os sinais e sintomas e busquem pelo diagnóstico precoce. Ela participou de uma campanha voltada para criança e adolescente e acredita que o próprio paciente é multiplicador de conhecimento sobre a hanseníase. Ela se especializou na temática de hanseníase a partir de um curso oferecido pelo órgão onde trabalhava.
“Sempre gostei de fazer prevenção em incapacidade, mas depois que me especializei na doença, não quis outra área. Ainda mais pelas histórias dos pacientes que passam por nós”, diz.
Emocionada, a fisioterapeuta, também narra a história de uma paciente que tinha um problema no pé e só tinha um par de chinelos que dividia com a irmã e a mãe.
“Como era de uso coletivo, o calçado não poderia ser adaptado para ela. Um dia, por sintoma da doença, ela não sentiu que perdeu o chinelo e, quando eu percebi, ela já estava descalça”, diz.
A fisioterapeuta improvisou um par de calçados e, a partir dessa iniciativa, nasceu a oficina de calçados que, hoje, funciona dentro do Complexo Hospital Clementino Fraga, em João Pessoa, Paraíba. “Hoje, temos uma sapataria que fornece, gratuitamente, sandália, aparelho dorso flexor para pé caído e splint para mão e garra”, conclui Geisa.