Alergia ou intolerância alimentar? Como identificar o desconforto
10/10/2023
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Quem nunca comeu algo que não caiu bem? Para algumas pessoas, essa “indigestão” pode gerar sintomas de intenso desconforto, ou até mesmo uma reação alérgica. Nesses casos, é preciso identificar se trata-se de uma simples alergia ou intolerância alimentar.
A intolerância alimentar envolve a incapacidade do corpo de digerir ou processar um alimento específico, muitas vezes devido à falta de uma enzima necessária para a digestão. A abordagem principal para lidar com o quadro é evitar o alimento desencadeante ou limitar sua ingestão, dependendo do grau de tolerância da pessoa.
Já a alergia alimentar é uma condição em que o sistema imunológico reage de forma adversa a determinados alimentos, desencadeando uma resposta alérgica que pode variar em gravidade. Cada um dos quadros, portanto, exige uma conduta própria. A seguir, a nutricionista explica como lidar com cada um.
Como lidar com a intolerância aos alimentos
Identificação precisa: é essencial que o paciente se submeta a testes médicos adequados para identificar a intolerância alimentar específica. Isso pode envolver exames de sangue, testes de alergia alimentar, testes de hidrogênio expirado ou outros métodos diagnósticos.
Exclusão do alimento: uma vez que o alimento que desencadeia a alergia seja identificado, é importante excluí-lo da dieta ou reduzir sua ingestão a níveis toleráveis. Isto é, dependendo da capacidade individual de tolerância.
Leitura de rótulos: ler os rótulos dos alimentos cuidadosamente é fundamental para evitar a ingestão acidental de ingredientes problemáticos. Muitas alergias e intolerâncias alimentares são regulamentadas quanto à rotulagem de ingredientes potencialmente alergênicos.
Cozinhar em casa: preparar as refeições em casa dá maior controle sobre os ingredientes utilizados e reduz o risco de contaminação cruzada. Isso permite que o paciente tenha uma dieta mais segura.
Substituições adequadas: encontrar substitutos seguros para os alimentos problemáticos é importante para garantir uma dieta equilibrada e variada. Por exemplo, se alguém tem intolerância à lactose, pode optar por alternativas de leite à base de plantas.
Apoio profissional: ter o acompanhamento de um nutricionista especializado em intolerâncias alimentares permite ter planos alimentares personalizados que atendam às necessidades nutricionais do paciente.
Educação e conscientização: tanto o paciente quanto seus responsáveis, ou aqueles que convivem com ele, devem ter conhecimento da intolerância alimentar e saberem reconhecer os sintomas e sinais de exposição alérgica.
Acompanhamento médico regular: consultas médicas regulares são importantes para monitorar a condição do paciente e fazer ajustes na dieta conforme necessário.
A gestão e os tratamentos podem ajudar a reduzir seus impactos no bem-estar do paciente com alergia alimentar. Confira algumas dicas:
Não consumir o alimento desencadeante: leia com atenção os rótulos dos alimentos, conscientização sobre os ingredientes e a eliminação completa do alimento alergênico da dieta.
Plano de ação de emergência: pacientes com alergias alimentares graves devem ter um plano com ações emergenciais, seguindo orientação de um médico. Ter acesso rápido ao tratamento indicado é vital, caso ocorra a ingestão do alimento alergênico de forma acidental, por exemplo.
Educação e conscientização: pacientes e responsáveis devem estar atentos aos sintomas de reações alérgicas, sinais de exposição acidental e a conduta a seguir em caso de emergência.
Consultas médicas regulares: o acompanhamento médico regular com um alergista é importante para monitorar a condição do paciente e discutir estratégias de gerenciamento, que podem até mesmo ajudar a determinar se a alergia persiste.
Muitas vezes, as limitações impostas por uma alergia ou uma intolerância alimentar podem levar a dietas pobres e restritivas, sem o aporte de nutrientes necessários para o organismo funcionar corretamente. Portanto, é importante que os pacientes tenham um diagnóstico preciso e trabalhem em estreita colaboração com profissionais de saúde.